Quando em 1 de janeiro de 1994, o Exercito Zapatista de Libertação Nacional desce as montanhas e toma Chiapas como um território autônomo, abre-se um outro caminho para as práticas políticas de uma esquerda que se via abalada pela dissolução da União Soviética.
O frescor que compunha a aura da EZLN foi reverberada não só pela forma política de sua ação, de seus protagonistas e de seu discurso, mas também por toda uma composição estética, junto do uso da internet para difusão dos desdobramentos da luta, que foram fundamentais para a assimilação de parte da juventude que se formava através de expressões contra-culturais no mundo todo, especialmente o hardcore e o punk.
No Brasil, cartazes de shows, capas de discos, letras e fanzines foram dedicados a causa zapatista, além da atuação em manifestações como parte do Comitê de Solidariedade às Comunidades Zapatistas, que teve como ato marcante a ocupação do consulado mexicano em São Paulo, no ano de 1998.
Os fanzines reproduzidos aqui são uma pequena exposição de parte do material produzido pelos agitadores das cenas hardcore punk dos anos 90, e a curadoria foi baseada no arquivo de Douglas Utescher (@baarulhator) e João Neves (@formiga.livre), gentilmente cedido para nós.
João Neves mantém um acervo com vasto material produzido por e sobre os punks, saiba mais acessando acervopunk.com.br
Douglas Utescher é fundador e editor na Ugra Press: ugrapress.com.br/
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